Neste post vou falar
de alternativa ao posicionamento da barreira. Ela nada mais é que a barreira
formada a partir do poste inverso ao que está mais próximo da bola. Esta
técnica ainda é pouco utilizada pelos guarda-redes (GR), apesar de confundir
bastante os marcadores das faltas.
Como o GR se coloca na
bissectriz do ângulo, ele fica na posição mais correta para defender o remate.
Assim, ele diminui o ângulo do marcador da falta ao ficar na bissectriz e ao
colocar a barreira ao seu lado para ajudá-lo. Experimente comparar a barreira
invertida com a normal e veja que de um lado, a barreira normal cobre um pouco
a linha da bola e de outro a invertida, com o mesmo número de jogadores fecha
muito mais o ângulo.É muito importante, quando se forma essa barreira, ficar sempre na bissectriz do ângulo e não no meio da linha da bola.
Acompanhe a (foto 1)
como formar a barreira invertida e sua comparação com a barreira normal.
A linha azul
representa a bissectriz onde o GR se deve posicionar para minimizar o ângulo do
marcador. As linhas vermelhas representam o ângulo do marcador. A linha amarela
refere-se à visão do GR no momento da marcação da falta. Repare que na barreira
invertida o GR está a ver a bola, posicionado na bissectriz e colocando 1 homem
e meio cobrindo o ângulo direito do marcador. Vale lembrar que sempre é
necessário colocar 1 homem além da linha vermelha devido ao efeito que o marcador
possa imprimir no remate.
Já na barreira normal,
o GR tem que se posicionar muito longe da bissectriz, deixando um ângulo
completamente aberto. Além disso, para ver a bola, reparem que ele tem de se
posicionar quase no limite do ângulo direito do marcador. A barreira também
conta com apenas um homem inteiro excedendo o ângulo esquerdo do marcador. Não
há a mesma segurança que na barreira invertida.
Apesar disso, é importante o GR se posicionar bem ao formar a barreira invertida. O GR Castillo num Uruguai vs Venezuela usou esta técnica, mas ficou muito para o meio da linha da bola e acabou por sofrer golo do seu lado.
Apesar disso, é importante o GR se posicionar bem ao formar a barreira invertida. O GR Castillo num Uruguai vs Venezuela usou esta técnica, mas ficou muito para o meio da linha da bola e acabou por sofrer golo do seu lado.
Portanto, insisto que
esta técnica deva ser treinada com a equipa. Experimentem usá-la em treino para
ver se habituam e depois tentem usá-la num jogo. Existe quem use com grande
taxa de sucesso.
Hélder Romana
Treinador
UEFA-B/Preparador de Guarda-Redes