terça-feira, 19 de dezembro de 2017

ZONA DE PRESSÃO PERMITIDA

É uma zona criada pela equipa defensiva à equipa portadora da bola, isto é dizer a equipa que não tem bola “dá” uma zona(lado) para “obrigar” a equipa adversária a sair por aquela zona, e de imediato efectuar pressing ao portador da bola para roubar a bola ainda no seu espaço ofensivo e aí poder estar mais perto da baliza adversária, isto é dizer mais perto do golo. Normalmente e nos dias de hoje todos ou quase todos os treinadores tem nas sua equipas técnicas elementos de scouting para observação do adversário e aí consegue-se saber se a equipa ADV tem pontos fracos na saída de bola, na sua zona central ou lateral, para poder explorar esse lado “manco“.
                                                                (fig6) Zona de pressão
                                          (fig7) Zona de pressão em pressing (movimento conjunto)

Hélder Romana
Treinador UEFA-B/Preparador de Guarda-Redes 

As diferentes formas de marcação ao adversário.

Pressão individual, pressing e marcação em pressão

Hoje gostava de falar/explorar uma ideia de jogo sob a forma de “marcação ao adversário” e como sabem são conhecidas várias formas de marcação, entre elas, pressão individual ativa e passiva, pressing e marcação em pressão, pressão mista etc. Contudo existe também uma forma pouca vezes falada marcação a que eu chamo de zona de pressão permitida que falarei noutro post.
Além de diferentes modos de marcação que estão no futebol atual, este meu post irá abordar estes modos de: pressão individual ativa e passiva, pressing e marcação em pressão. E falar um bocadinho da diferença entre elas e demonstrar a zona de pressão permitida como atrás referi.
O que à primeira vista parecem ser a mesma situação, adianto que não são. Cada uma delas descreve algum aspeto tático de um jogador, de alguns jogadores ou o que uma equipa está a fazer.  Assim sendo, vamos às definições e exemplificações de pressão no adversário, pressing e marcação em pressão.

Pressão individual

Esta situação tática é quando um jogador que defende vai para cima do jogador que ataca com intuito de diminuir o espaço para jogar. A pressão no adversário pode ser ativa ou passiva. A pressão ativa é quando o jogador que defende pressiona o adversário com intenção de roubar a bola. Já na passiva, o jogador que defende avança para simplesmente diminuir o espaço.
                                                                        (fig1) Ativa 

 (fig2) Passiva

Pressing
Agora que já temos um conhecimento do que se trata a pressão individual no adversário, há um termo o qual se considera a movimentação em conjunto (vários jogadores) que é o pressing. O pressing é a movimentação de vários jogadores que pressionam na marcação ao adversário. Como ele é um movimento conjunto, a coordenação dos jogadores para o realizar tem de ser no melhor momento possível, requer muito treino, pois se falhar, poderá deixar a equipa descompensada.
                                                       (fig3). Pressing numa zona lateral
                                                      (fig4). Pressing numa zona central

Marcação em pressão (pressing conjunto)
Depois de terem visto o que é pressão individual no adversário e o que é pressing, ainda falta alguma situação defensiva em relação a pressionar? Sim, a marcação em pressão!
A marcação em pressão é a subida vários jogadores que defendem aos jogadores que atacam logo na saída de bola adversária. Como é uma subida conjunta, normalmente, um jogador defensivo pressiona o portador da bola enquanto que os restantes ou pressionam nos outros adversários, e/ou fecham possíveis linhas de passe do portador da bola. Assim como o pressing, a marcação em pressão é um movimento em conjunto e requer treino para realizá-la.
                                                          (fig5) Marcação em pressão

Como o pressing e a marcação em pressão são movimentos em conjunto, existe a possibilidade de confusão entre elas, já que a diferença pequena. O pressing é a subida de um ou mais jogadores no adversário com a bola, já a marcação em pressão é a subida vários jogadores, mas somente um pressiona o portador da bola enquanto que os restantes realizam outra função tática defensiva (marcando outros jogadores ou a fechar algumas linhas de passe). Além disso, a mudança do pressing para a marcação em pressão e vice-e-versa é bem rápida.


Pressão individual
“Pressing”
Movimento unitário

Passivo, ativo e “Pressing”


Marcação em pressão
(Pressing conjunto)
Movimento conjunto

Nos adversários fechando linhas de passe ou ambos.



Hélder Romana
Treinador UEFA-B/Preparador de Guarda-Redes 

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

ESTEREÓTIPO


Será que sempre que fala num jogador de futebol "estereotipamos" o mesmo??
E o talento onde fica?? Porque "tentamos moldar os jogadores"??
Tantas perguntas.
"viste o que ele acabou de fazer? É uma besta". Comecei a ouvir isso cada vez mais, até dos treinadores. Mas havia sempre alguém a dizer que era uma pena ser tão pequeno. E é verdade, era fraco, não tinha músculos. Foi por isso que, aos 11 anos, tomei uma decisão: já sabia que tinha mais talento do que os outros, mas decidi que ia trabalhar muito mais do que eles",
By Cristiano Ronaldo in Jornal o Jogo


Ronaldo: ″Era fraco, não tinha músculos, por isso tomei uma decisão″: Cristiano Ronaldo recordou os tempos passados em Alcochete, antes do salto para o Manchester United.



quarta-feira, 12 de julho de 2017

Saiba por que o segundo goleiro mais caro da história não vingou no São Paulo

Como tudo na vida é preciso dar tempo ao tempo...
Fantástico para reflectir.
Deve ler toda a mensagem.
Porte físico e concorrentes
..."Ele era magrinho, mas longilíneo"...
..."Estavam à frente em termos técnicos e físicos. O problema dele era a parte física. Precisava de um tempo maior para desenvolver"...
..."Idimar Zuchi Junior, conhecido como Juninho, também era goleiro da base tricolor. No sub-15, ele era titular, e o ex-Benfica, reserva. Ele confirma a versão de que Ederson não tinha o mesmo desenvolvimento físico dos outros"...


quinta-feira, 16 de março de 2017

1bola vs 4bolas por exercício.

Desta vez venho falar um pouco do que defendo desde sempre, a inserção de 3-4 bolas por exercício (fig1) de forma o GR possa estar preparado de tiver necessidade de defender essas mesmas bolas em jogo.
EX:(fig1)

E muitas vezes ouvimos dizer “ de que vale trabalhar muito tempo…com muitas repetições com 3-4 bolas se as acções de jogo do GR são curtas e intensas?” mas como defendo há muito tempo deve-se trabalhar o mais próximo da realidade a que se destina o treino; que é o JOGO.
Podemos dizer que num jogo nunca iremos ter de defender 2/3/4 bolas seguidas? Eu digo que temos de estar preparados fisicamente e mentalmente para o fazer, porque realmente o jogo pode-nos pedir que o façamos e para isso temos de o fazer no treino.

A provar o que digo, fica um vídeo recente de Jan Oblak-Atlético de Madrid vs Bayer 04 Leverkusen, onde foi chamado a fazer, e ele fez, mas vejam como ficou (morto) após a 4ª possibilidade, sim porque não passou de possibilidade, após ter feito 3 defesas fantásticas. Podemos também dizer que pode ter sido alívio, após 3 defesas fantásticas e a bola não ter entrado, mas…


Certo que ele e o seu treinador (Pablo Vercellone) trabalharão muito bem todos os aspectos do GR, mas será que trabalha a componente o Física/Repetições?
Não tenho dúvida que se trata de um excelente GR, dos melhores a nível mundial.
Parabéns Oblak, parabéns Atlético de Madrid.

Hélder Romana
Treinador UEFA-B/Preparador de Guarda-Redes 

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

DEFENDER+ 2016

Mais uma participação,  22 de Dezembro 2016.
 "DEFENDER+ CONFERÊNCIA TREINO DE GUARDA REDES"

Com a participação dos seguintes prelectores:
Daniel Araújo-CD Trofense
Pedro Pereira-FC Porto
Fernando Ferreira-SL Benfica
Miguel Miranda-Sporting CP
O que é sempre enriquecedor para a transferência de conhecimentos entre treinadores e estratégias dos Clubes de maior dimensão nacional, que serve para o crescimento do Guarda-redes, Formação e Profissional.

Nota: Mas o que mais me deixou feliz foi ver um GR formação, que nas vezes que interviu (em video) que serviu de exemplo para expor o método de treino de um Clube, fez com que a camada mais jovem assistente desse um bruuuuua  às suas intervenções onde alguns jovens o reconheceram "é o ..........).
É bom quando um jogador é reconhecido pelo seu trabalho/desempenho, agora quando é um "projecto" de jogador é reconhecido..., é  fantástico. Não passou muito tempo mas acredito que se hoje perguntarem aos jovens presentes na sala quem era,  eles iram saber com certeza.

 Por fim deixar uma palavra de apreço ao Daniel Araújo-CDTrofense, pelo fantástico trabalho. 


MOTRICIDADE HUMANA E FUTEBOL

Mais um bocadinho para o enriquecimento dos conhecimentos e do currículo.
Formação Ciclo de Conferências 
"MOTRICIDADE HUMANA E FUTEBOL